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domingo, 7 de agosto de 2016

CRIANÇAS DESCONECTADAS DA INFÂNCIA

Essas férias me fizeram pensar no quanto as crianças precisam de pouco para se divertirem e serem felizes e o quanto nós, adultos, temos esquecido disso.
Enquanto nos divertimos com o sol, as caminhadas, os jogos de tênis, os pega-pegas, as pinturas em telas e as risadas entre primos, presenciei diversas crianças menores de 10 anos “grudadas” em celulares. Detalhe: Os seus próprios celulares. Ah! E com internet, claro, porque as crianças e adolescentes de hoje não querem celular para se comunicarem com seus pais em caso de necessidade ou urgência, elas querem se conectar com o mundo!
Nessa tentativa aparentemente inocente, acabam conhecendo as barbaridades e os perigos que o Youtube pode proporcionar. Se colocam em risco de receber através do Facebook e WhatsApp, as pornografias que inevitavelmente são enviadas pela internet e redes sociais.
Criança precisa ser criança, sem pressa de crescer, de pular de fase, de amadurecer e isso depende e muito de nós, pais, que ocupados e distraídos com nossa própria tecnologia, não estamos nos atentando.
É claro que dá muito mais trabalho manter as crianças longe dos eletrônicos, porque nós mesmos precisamos nos mexer, criar novas oportunidades, deixar a preguiça de lado, mas quando fazemos acontecer, temos crianças brincando mais ao ar livre, criativas, explorando a natureza, socializando e gastando energia.
Nunca na história houve tantas crianças e adolescentes desconectados do mundo real. Parecem hipnotizados por seus tabletes, perdendo a vontade de estudar, brincar e até de conversar entre si e com seus familiares. Não sabem contemplar o voo dos pássaros, não acham graça em fazer novos amigos e nem conseguem esperar com paciência e tranquilidade pelo jantar que será servido.


Sentem necessidade por mais e mais estímulos.
Alguns sintomas como queda no rendimento escolar, ansiedade e nervosismo sem motivo aparente, angústia e insônia são reflexo do vicio causado pelo excesso desses estímulos.
Vicio?? Mas então jogos eletrônicos e redes sociais viciam? Sim!!
Na China essa realidade já se tornou problema de saúde publica com a abertura de mais de 150 centros de tratamento para dependentes de games. Adolescentes que não conseguem mais ter uma vida normal, saudável e tranquila.
No Rio de Janeiro- Brasil, um Instituto chamado Delete, já está tratando pacientes com a vida social, emocional e física comprometidas em função do vício na tecnologia.
Chocante, não é? E já pensou que isso pode acontecer dentro das nossas casas se não acordarmos enquanto é tempo?
 Precisamos ser exemplo, nos comprometermos de largar nossos celulares quando estivermos em casa com nossos filhos e brincarmos de rolar no chão, de conversar, de jogar dominó, de pular amarelinha, de se abraças e se beijar.
Um casal de amigos meus com 3 filhos, sendo um recém nascido criaram a regra “TV e eletrônicos somente nos fins de semana”. E sabe quais foram os resultados? Os filhos aprenderam a brincar juntos, se tornaram mais criativos, passaram a explorar mais a garagem de casa com atividades lúdicas e simples como fazíamos na nossa infância. Passaram a brigar menos e dormir mais cedo. Não é incrível??
Se convença: Seu filho NÃO PRECISA de um celular!!
Que tal começarmos uma mudança nas nossas casas também?
Com amor,
Rafa.
Rafa Manfroi é psicóloga clínica e escolar, especialista em casais e família e apaixonada por educação de filhos, tema com o qual trabalha há mais de 12 anos.


SITE: UNIVERSIDADE DA FAMÍLIA

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