Texto Base: (1º
Reis 21 8-11)
Introdução
(Exórdio): Se olharmos ao nosso redor veremos que a
tecnologia está presente em tudo, no nosso trabalho, em casa, na escola, na
rua, no nosso cotidiano, enfim, o que começou de uma forma primitiva, hoje
tomou proporções que são capazes de beneficiar toda uma sociedade. Em se tratando de redes sociais e tecnologias da informação o não podemos usa-las.
Um estudo recentemente publicado confirma o perigo de que muita gente já desconfiava,
mas ao qual faltava fundamentação: o uso inadequado das redes sociais acompanha
o declínio estatístico na frequência às igrejas. O cientista Allen Downey, da
Olin College de Engenharia da Computação, em Massachussets (EUA), encontrou
fortes indícios de que a queda na filiação religiosa tem ligações com o aumento
do uso da internet e, particularmente, de ferramentas como Facebook e Twitter,
que não só tomam tempo excessivo das pessoas como as expõem a uma série de
informações, conceitos e comportamentos prejudiciais à fé cristã. "O
aumento do uso da rede mundial nas últimas duas décadas causou grande impacto
na filiação religiosa", defende o pesquisador. Segundo Neil Barreto quando perguntado qual o maior mal das redes sociais na
pós-modernidade, o mesmo inferi “ O maior mal das redes sociais foi dar voz a
idiotas”.
1)
Desenvolvimento: O texto em questão narra a história de Nabote
que foi assassinado covardemente por conta da distorção de uma mensagem
pública. Precisamos levar em conta que neste período não existiam as redes
sociais, porém o princípio da comunicação em sua essência é imutável e causa os
mesmos benefícios e danos que sempre causaram no texto vemos um homem inocente
ser morto. A cobiça e seus males. Quase sempre, o desejo desordenado da cobiça
provoca alguma ação para que o cobiçoso adquira o que quer, ou para que persiga
o possuidor do objeto ou da pessoa cobiçados. O ímpio rei Acabe, é um exemplo
clássico da cobiça e seus males. Para resolver a sua frustração de não ter
conseguido possuir a vinha de Nabote, a rainha Jezabel escreveu uma carta com o
selo do rei (para parecer que a correspondência fosse enviada por ele) aos
anciãos e nobres daquela cidade onde Nabote morava. Nesta carta, Jezabel pediu
que forjassem acusações contra Nabote (I Rs 21.8-10). Os anciãos transgrediram
a lei (Êx 23.1-3), pois arranjaram dois indivíduos de mau caráter,
possivelmente comprados pela rainha, acusaram Nabote de blasfêmia, o que seria
suficiente para a execução dele (Lv 24.15,16). O terrível plano foi cumprido
sem nenhum impedimento. Para que não houvesse dificuldades futuras com a
herança de Nabote, ele e seus filhos foram apedrejados (II Rs 9.26). Perceba
quais os males que seguiram a cobiça deste casal:
1.1.
Fatores negativos que foram e podem ser desencadeados:
A) MENTIRA. Os
anciãos resolveram atender aos intentos de Jezabel. Como podemos ver sempre há
homens prontos a venderem seu testemunho por dinheiro a fim de que sirva aos
maus propósitos daqueles que os alugam. “E os homens da sua cidade, os anciãos
e os nobres que habitavam na sua cidade, fizeram como Jezabel lhes ordenara,
conforme estava escrito nas cartas que lhes mandara” (I Rs 21.11).E muitas
vezes pessoas mentem através de mensagens nas redes sociais .
B) FALSO TESTEMUNHO. O veredito de morte já estava
predeterminado, por Jezabel. Mas, era necessário elaborar um falso julgamento
com um simples aspecto de justiça, para que, à vista do povo, desse a impressão
de ser um julgamento leal, arranjou-se duas testemunhas, conforme pedia a Lei
(Dt 17.6,7); mas eram falsas. “E ponde defronte dele dois filhos de Belial, que
testemunhem contra ele” (I Rs 21.10-a).
Infelizmente as pessoas hoje são
manipuláveis assim como vemos no texto, que muitas vezes geram segregação,
rompimentos, Exposição pública covarde dentre outros.
C) ASSASSINATO. Por fim, a trama culminou na execução de
Nabote, pois o levaram para fora da cidade e o apedrejaram. A injustiça estava
claramente executada, pois Nabote foi executado por um crime que jamais cometeu
“Então mandaram dizer a Jezabel: Nabote foi apedrejado, e morreu” (I Rs 21.14).
Infelizmente um fator que ocorre por conta do incentivo pelo mal-uso das redes
sociais.
D) FALSA IMPUNIDADE. Um
fator que as redes tendem a causar é uma falsa sensação de impunidade, pois as
pessoas quando tem a sensação de poder julgas se acima do bem e do mal o que
vemos em Jezabel e Acabe, .As tecnologias criam proximidade entre as pessoas e
muitos tenta se passar pelo que não são ,porém Deus sabe de todas as coisas (Hb
4.13) ,Deus não se deixa escarnecer Jezabel morreu comida por cães por conta de
sua soberba e empáfia (1 Reis 21:19, 21 e 23).
1.2. Pontuando: A cobiça dentre outros pecados, a luz do Novo
Testamento, é alistada e destacada por Paulo (Ef 4.19). Aparece na lista dos
vícios dos povos pagãos (Rm 1.29). Apesar de não ser especificamente alistada
entre as obras da carne (Gl 5.19-21), a cobiça é uma das causas de várias obras
carnais, como o adultério, o ódio, as dissensões, etc., devendo ser incluída
entre as “tais coisas” que Paulo mencionou, e que não permitem que uma pessoa
chegue ao reino de Deus “…que os que cometem tais coisas não herdarão o reino
de Deus” (Gl 5.21).
2)
Pontos de Contato: tenha identidade
(Eudaimonia) Massa de manobra se refere ao conceito de
violência simbólica de Pierre Bourdieu,
em que causa danos morais e psicológicos, onde a sociedade é conduzida por uma
ideologia dominante, se anulando enquanto ser histórico e protagonista. As
pessoas se deixam levar por essa manipulação por pelo menos três motivos:
A) NECESSIDADE
DE AFETO
B) BUSCA
DE ACEITAÇÃO
C) MODISMOS
3)
vencendo
os males “Não porei coisa má diante
dos meus olhos. ” – Salmo 101:3.
Wesley dizia como que nossas decisões deveriam ser tomadas partindo do
princípio de escolhas que nos aproximam de Deus. Acredito que escolher o que
vamos ver na internet pode nos ajudar a viver esse princípio. Vejamos algumas
recomendações que poderão ajudar. Quando evitamos colocar coisas ruins diante
de nossos olhos.
A) NÃO EXPONHA VOCÊ OU NINGUÉM: Acredito que uma das feridas mais profundas se chama
exposição pública, que é gerada pela busca por fama, ou por aliados, estes
fatores podem gerar malefícios e são propagados pelas mídias s redes sociais
que tem o poder de dar notoriedade. Em (Tiago 4.11) o escritor nos instrui a não
falar mal dos irmãos, ou da família amigos ou anônimos pois não somos juízes,
mas observadores da Lei. Não temos o direito de expor ninguém pois nossa
justiça para Deus é trapo de imundícia. (Is 64.6)
B) RECONHEÇA SE É UM VÍCIO: Todo vício mascara alguma sensação ruim que não temos como
lidar com ele sem o vício. Reconhecer isso é um passo importante, pois quando
estamos viciados em alguma coisa não queremos lidar com a realidade como ela é,
as redes sociais têm esse poder de projetar uma falsa manipulação da realidade,
criando um personagem que não existe. Só poderemos fechar as feridas quando
encararmos que são dolorosas e reais tratar um sintoma nem sempre é tratar a
doença propriamente dita. O Vício pode causar isolamento (Pv 18.1), outro perigo da internet é a falsa sensação que ela pode
causar de que estamos nos relacionando adequadamente com as pessoas. Precisamos
nos relacionar com pessoas nas nossas atividades diárias (escola, trabalho,
igreja, lazer e especialmente em nossas famílias). O problema é que alguns
começam a se isolar de pessoas “de verdade” e a se ligar somente às “amizades
virtuais”. Cuidado! Se os seus “melhores” amigos ou a maioria deles são
virtuais, talvez você não perceba o quanto está sozinho. Segamos o que diz (Tito
2:2) “Quanto aos homens idosos, que sejam temperantes, respeitáveis, sensatos,
sadios na fé, no amor e na constância."
C) NÃO DEIXE SUA MENTE SE CORROMPER: Existe uma técnica ardilosa bem usada para desarmar o nosso
senso crítico que consiste em não “romper a rocha”, mas penetrá-la lentamente.
Você já deve ter ouvido o dito popular que diz “água mole em pedra dura, tanto
bate até que fura”, não é mesmo? Pois é, sendo dia após dia deparados com
certas coisas, nossa mente pode ser lentamente minada em sua resistência ao que
é mau, errado e pecaminoso. Vencidas certas barreiras, mesmo um crente começa a
perder a consciência disso e, a partir daí, abre-se uma brecha. Os que segundo
texto base deram ouvidos Jezabel foram corrompidos, para que nossa mente seja
suja por todo tipo de coisa. “Não vos enganeis: as
más conversações corrompem os bons costumes. ” (1 Coríntios 15:33).
D)
CUIDADOS ESSENCIAIS: Tome cuidado com senhas de segurança. Para sua
segurança, em todos os sentidos, mantenha-as muito bem guardadas
- Apague
e-mails estranhos, com ofertas tentadoras de qualquer tipo, de remetentes
desconhecidos ou com links para acesso a coisas que não pediu.
- Controle
seu tempo na rede para não deixar de fazer coisas mais importantes e se
relacionar pessoalmente com amigos, colegas e familiares.
- Procure
sites e páginas que edifiquem. Ocupe seu tempo com coisas proveitosas.
- Não
aceite qualquer pessoa em sua rede de amigos. Mantenha restritos os dados
pessoais e fotos para que pessoas estranhas não tenham acesso a eles.
“Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a
santificação. Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas sim a
Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo. ”
(1 Tessalonicenses 4:7-8)
Conclusão:
Segundo
dados de fevereiro de 2014 publicados pelo site Social Media: cerca de 72% de
todos os usuários da internet estão ativos em redes sociais; 23% dos usuários
do Facebook acessam-no ao menos 5 vezes por dia; e impressionantes 47% dos
americanos dizem que o Facebook é o maior influenciador em suas decisões de
compra. Portanto, é inegável que as redes sociais influenciam diretamente no
comportamento das pessoas. Essa influência pode ser, ao mesmo tempo, perigosa e
proveitosa para nós enquanto cristãos, tudo vai depender do seu posicionamento
nas redes sociais. Talvez o maior perigo das redes sociais, não apenas para os
cristãos, mas para toda a sociedade, é o aparente anonimato. O anonimato dá a
falsa sensação de que nas redes sociais é possível esconder-se sob a “máscara”
de quem se deseja ser ou sob a personalidade que for mais conveniente na
ocasião.
Pastor Wisnael de Souza
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