Deus
deseja sarar as famílias! Penso que esta é uma das mais belas expressões da
reconciliação. Em sua carta aos coríntios, o apóstolo Paulo falou sobre
reconciliação familiar:
“Ora, aos casados,
ordeno não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido (se, porém,
ela vier a separar-se, que não se case, ou que se reconcilie com seu marido), e
que o marido não se aparte de sua mulher”. - I Coríntios 7:10,11
Deus
não se agrada do divórcio. Na verdade, a Bíblia diz em Malaquias 2:16 que Ele
detesta o divórcio. Embora, haja situações em que o divórcio seja inevitável,
as Escrituras nos mostram que a atitude do cônjuge cristão não é a de
aproveitar para sair correndo reconstruir a vida com outra pessoa, mas
manter-se aberto à reconciliação.
Um
milagre que o Senhor deseja operar na vida de pessoas que tiveram seu
relacionamento destruído é este! Não é algo automático, da noite para o dia,
envolve muitos concertos e acertos, mas é algo glorioso. Por muitos anos tenho
sido uma testemunha ocular de inúmeros lares e famílias que foram restauradas
pelo poder de Deus e mediante sua Palavra. O Senhor declarou que usaria a vida
de pessoas para promover este tipo de ministério. Referindo-se ao ministério de
João Batista, que foi comparado ao profeta Elias pelo tipo de seu ministério,
Deus disse:
“Ele converterá o
coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu
não venha e fira a terra com maldição”. - Malaquias 4:6
Deus
deseja converter corações que estão endurecidos e distanciados pela mágoa e
ressentimento. O Senhor deseja sarar relacionamentos familiares. A Bíblia nos
mostra isto em vários exemplos bíblicos de reconciliação familiar.
EXEMPLOS
BÍBLICOS DE RECONCILIAÇÃO
A
parábola do filho pródigo, contada por Jesus em Lucas 15:20-24 é um exemplo
disto. Aquele filho traiu e abandonou seu pai e família. Depois de ter perdido
tudo, volta arrependido, esperando ser recebido como um empregado, imaginando
ser impossível voltar a ter o mesmo relacionamento de outrora.
Contudo,
aquele pai amoroso, à semelhança do que Deus faz conosco, recebe aquele filho
de braços abertos, com todas as honrarias possíveis. Este é um quadro daquilo
que Deus deseja fazer em sua família, ou que, através de sua vida Ele deseja
fazer na família dos outros. Encontramos no Velho Testamento uma história de
contenda entre dois irmãos:
“Passou Esaú a odiar
a Jacó por causa da bênção, com que seu pai o tinha abençoado; e disse consigo:
Vêm próximos os dias de luto por meu pai; então, matarei a Jacó, meu irmão.” -
Gênesis 27:41
Devido
ao ódio de seu irmão Esaú, Jacó é obrigado a fugir de casa para preservar sua
vida (Gn.27:42-45). Jacó acabou passando cerca de vinte anos distante, mas ao
regressar, ainda temia seu irmão. E orou ao Senhor, pedindo que intervisse
naquela situação. E o resultado foi semelhante ao que o Senhor deseja produzir
nos familiares ressentidos de nossos dias:
“Então, Esaú
correu-lhe ao encontro e o abraçou; arrojou-se-lhe ao pescoço e o beijou; e
choraram.” - Gênesis 33:4
Somente
Deus pode mudar corações amargurados e promover o perdão. Lemos também acerca
de José e seus irmãos, uma família que conheceu a divisão (e posteriormente a
restauração e o perdão):
“Tendo José
dezessete anos, apascentava os rebanhos com seus irmãos; sendo ainda jovem,
acompanhava os filhos de Bila e os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e
trazia más notícias deles a seu pai. Ora, Israel amava mais a José que a todos
os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica talar de
mangas compridas. Vendo, pois, seus irmãos que o pai o amava mais que a todos
os outros filhos, odiaram-no e já não lhe podiam falar pacificamente. Teve José
um sonho e o relatou a seus irmãos; por isso, o odiaram ainda mais.” - Gênesis
37:2-5
A
Bíblia nos conta que por causa destas diferenças, os irmãos de José o venderam
como escravo a uma caravana de mercadores que ia ao Egito (Gn.37:28). Anos se
passaram, e por fim se cumpriram os sonhos que Deus dera a José e ele se tornou
o Governador de todo o Egito. Mas quando reencontra seus irmãos que foram atrás
de comida, não decide se vingar, mas perdoa e os chama à restauração do
relacionamento:
“Disse José a seus
irmãos: Agora, chegai-vos a mim. E chegaram-se. Então, disse: Eu sou José,
vosso irmão, a quem vendestes para o Egito. Agora, pois, não vos entristeçais,
nem vos irriteis contra vós mesmos por me haverdes vendido para aqui; porque,
para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós.” - Gênesis 45:3,4
Não
acredito que haja tantas histórias de restauração familiar na Bíblia sem motivo
algum. Penso que Deus deseja encher nosso coração de fé naquilo que Ele pode e
quer fazer. Sei que as pessoas podem usar de seu livre-arbítrio para decidirem
separar-se sem nunca mais desejar estar juntas. Mas muitas vezes isto só
acontece por interferência espiritual maligna, e este quadro pode ser
revertido.
Jesus
falou que veio dividir uma casa (Lc.12:51-53). Com isso ele se referia àqueles
lares em que uns se converteriam e outros não, e deixou claro que deveríamos
colocá-lo em primeiro lugar, mesmo antes dos relacionamentos familiares. Se for
necessário escolher entre Jesus e algum familiar, sem dúvida devemos optar por
ele.
Por
outro lado, vemos várias famílias sendo alcançadas conjuntamente no livro de
Atos, o que nos mostra o plano e a intenção de Deus para as famílias. Se
pudermos ter Jesus e a família juntos, melhor ainda!
UM
TESTEMUNHO ATUAL
Além
dos exemplos bíblicos de restauração familiar, decidi inserir uma história de
nossos dias; o relato a seguir é verdadeiro, foi escrito por Marcelo Mendes, um
irmão e amigo que tive o privilégio de acompanhar desde o início de sua
conversão a Cristo, e que hoje, juntamente com sua esposa Simone, tornou-se um
canal de bênçãos para muitos na Comunidade Vida, em Guarapuava/Pr:
“Minha
vida começou a ser transformada em meados de 1994, quando estava casado à cinco
anos, com uma mulher maravilhosa, a Simone, e tendo uma filha graciosa de três
anos, Luana. Eu me achava com uma vida “boa” e dizia ser um cara realizado, por
dispor de uma família estável e uma condição financeira razoável. Nesta época,
achava que não precisava de nada, mas a verdade é que eu era um miserável e não
podia enxergar.
Naquele
tempo, havia uma pressão espiritual muito grande sobre mim. Sentia um desejo de
experimentar coisas novas, sair da rotina, mudar alguma coisa. E além de não
ter nenhuma orientação correta da parte de alguém que conhecesse a Deus, havia
meus amigos insistindo para que buscássemos prazer em outros lugares, mulheres,
bebidas e coisas do gênero.
Foi
neste contexto que conheci uma pessoa, em uma festa na casa de uma prima,
quando minha esposa estava viajando na casa de seus pais. E, em resumo me
envolvi com ela. Não me dei conta de que a partir de então, não apenas estava
destruindo minha família e pecando contra Deus, mas também pecava contra a
própria pessoa com quem me envolvi.
Decidi
separar-me e viver com essa outra pessoa. E mandei que minha esposa fosse
embora, pois não queria que permanecesse na mesma cidade. Tivemos situações de
medo, angustia, até tristeza, e em meio a toda essa crise, vivi dias de
depressão, chegando até mesmo a pensar algumas vezes em suicídio, pois já não
sabia mais o que queria fazer, e se me aventuraria em um novo relacionamento
jogando fora um casamento que já durava cinco anos. E infelizmente, fiz a
escolha errada.
Quando
comecei a viver com essa outra pessoa, pareceu, a princípio, ter sido a melhor
decisão, e isso durou cerca de dois anos e meio. Mas, quando recebemos favores
do diabo, chega o momento da cobrança, e o preço é caro. De modo que, nos
últimos nove meses desse período, comecei a viver no inferno. E não estou
acusando a outra pessoa, pois eu mesmo muitas vezes me sentia oprimido a agir
de forma que também não me agradava.
Por
várias vezes, depois de várias discussões, pousava na rua, buscava refugio em amigos,
bebidas, etc. Tentamos ter um filho, mas desde os dezoito anos fui informado por um médico do Exército, que
possuía uma deficiência na geração de espermatozóides férteis, e que na ocasião
do meu casamento, devia planejar filhos logo no início, pois com o passar dos
anos não seria mais possível, o que me fez concluir que o diagnóstico já estava
se cumprindo nesta época.
E
é em momentos como este, quando estamos vulneráveis à ponto de nos entregarmos
a total derrota, que vem o livramento do Senhor. A pessoa com quem eu vivia
começou a freqüentar a igreja e entregou sua vida a Jesus. Depois disto, me
chegou às mãos uma mensagem gravada do pastor Luciano Subirá, intitulada
“Remidos do Inferno”, e confesso que o Senhor me pegou de jeito! Ao ser confrontado,
senti as minhas misérias e naquele momento pude sentir o verdadeiro amor do
Senhor... era como se todos os meus problemas e meus pecados fossem lançados ao
mar, e a partir daquele dia decidi seguir Jesus Cristo e passei a também a
frequentar a igreja.
Começamos
a participar de um grupo de estudos que enfatizava muito os princípios de Deus
para a família, e quanto mais conhecíamos ao Senhor e sua Palavra, mais
incomodados ficávamos pela forma como estabelecemos nosso relacionamento,
quebrando as leis de Deus. Esta situação, entre outras, contribuiu para o
término do nosso relacionamento.
Fui
a Curitiba e pedi perdão à minha esposa por tudo o que havia feito contra ela.
Descobri então, que ela também havia conhecido a Cristo. No dia de nossa
separação, quando a Simone embarcou no ônibus, uma senhora sentada ao seu lado
percebeu sua tristeza e ministrou naquela mesma hora ao coração de minha
esposa. Ela disse que podemos perder tudo nessa vida, mas que o mais importante
era sabermos que o Senhor Jesus jamais nos desampara, que Ele é a nossa força e
tem o poder de nos restituir tudo aquilo que perdemos. Ao desembarcar em
Curitiba, com minha sogra à sua espera (que pensava como poderia fazer para
consola-la), minha esposa desceu do ônibus muito feliz, dizendo que podia ter
me perdido, mas que havia conhecido algo muito mais especial; dizia que
descobriu o verdadeiro amor na pessoa do Senhor Jesus.
Deus
me abençoou com a restauração da minha família. Alguns meses depois nos casamos
“novamente” e a confirmação desta aliança restaurada veio através do nascimento
de nossa segunda filha (a Amanda) no ano de 1999, contrariando todos os
diagnósticos médicos de minha impossibilidade de ter filhos.
Hoje,
quando olho para trás e vejo o quanto Deus mudou minha vida e família, encho-me
de gratidão ao Senhor e me sinto desafiado a lutar no ministério pela
restauração de famílias. Tenha certeza de que Ele pode fazer algo por você
também!...”
Luciano
P. Subirá
FONTE:
Orvalho.com
eu creio nessas palavras..e sei que deus pode reatare resconstruir lares...e abençoa-los com seu amor...e proteção...louvo a deus pelas palavras de libertação....libertação desse mundo que so quer destruir a familia...deus te abençoe...
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