ENCORAJAMENTO CRIATIVO
A
segunda parte do ensino criativo é o encorajamento criativo. A palavra
encorajar significa “inspirar coragem”. Coragem é aquele estado mental que dá à
criança a habilidade de explorar possibilidades, de correr risco, de realizar
aquilo que os outros podem considerar impossível. A maneira de os pais
ensinarem os filhos tem muito que ver com o fato de a criança ser encorajada ou
não. EM FAMÍLIAS SAUDÁVEIS, OS PAIS FALAM
AOS FILHOS MUITAS PALAVRAS DE ENCORAJAMENTO.
OBS: Nós, pais, não devemos esperar a criança
alcançar a perfeição para dizer palavras de encorajamento. Algumas receiam que,
se encorajarem a criança por aquilo que consideram um trabalho mediano ela
nunca ultrapassará o nível da mediocridade. Na verdade, o que acontece é o
oposto. Se você deixar de encorajar os esforços imperfeitos da criança, ela
nunca chegará a plenitude de seu potencial.
“DEVEMOS
APRENDER A DIZER PALAVRAS DE ENCORAJAMENTO ÀS CRIANÇAS POR SEUS ESFORÇOS, NÃO
PELOS RESULTADOS”.
Fazemos
isso de maneira bastante natural quando as crianças são pequenas. Lembra-se da
primeira vez que seu filho tentou andar? Ficou em pé do lado do sofá, e você
estava a meio metro de distância, dizendo: “tudo bem, você consegue. Isso,
venha. Tente. Você vai conseguir. Está certo”. Você certamente não falou: ”seu
menino bobo; não consegue nem andar?”. Em vez disso, você bateu palmas com
alegra e disse: “Sim, sim! É isso aí! É isso aí!”. A criança se levantou e
tentou outra vez e, no tempo devido, aprendeu a andar.
Foi
o encorajamento pelo esforço que inspirou na criança a coragem de tentar
novamente.
Como
é triste esquecemos essa técnica de ensino criativo quando os filhos ficam mais
velhos.
“PALAVRAS DE
ENCORAJAMENTO MOTIVAM O COMPORTAMENTO POSITIVO; PALAVRAS DE CONDENAÇÃO REPRIMEM
O ESFORÇO”.
CORREÇÃO CRIATIVA
A
terceira área de ensino criativo é a correção criativa. Numa família amorosa,
os pais corrigem quando é necessário. Mas é importante que a correção seja
feita de forma criativa. Lembre-se: o
objetivo é ensinar de maneira que se desperte o apetite. Queremos estimular
a criança a ter um comportamento positivo.
Vamos analisar um padrão
positivo de correção:
-
Antes de mais nada, devemos ter a certeza de que não estamos corrigindo um comportamento
que não precisa ser corrigido. Em nossos esforços de ensinar os filhos, às
vezes, abafamos a criatividade em favor da conformidade. A criatividade é um
dom maravilhoso de pensar além de um limite pré-estabelecido. É a criatividade
que nos permite desenvolver a singularidade implantada dentro de cada um de nó.
Sufocar essa criatividade é fazer as crianças se parecerem com biscoitos, em
vez de se assemelharem a flocos de neve.
- “Fazer perguntas antes de
decidir aplicar uma correção é uma proteção que pais saudáveis aprendem a
usar”.
- Assumindo que a correção é
necessária; devemos corrigir com amor, sem lançar mão da ira descontrolada.
- O amor busca o bem-estar da
criança e crê que a correção visa o benefício dela a longo prazo.
- Expressões de ira
descontrolada são apenas o desabafo de nossa própria frustração e podem ser extremamente
destrutivas para a criança.
CUIDADO: Alguns pais costumam permitir que a sua ira corra solta e
resulte em palavras e comportamentos destrutivos. Se você sentir raiva de seu
filho e acreditar que a criança precisa de correção, será melhor refrear sua
reação inicial, dar um tempo para esfriara cabeça e, então, voltar para
corrigir verbalmente a criança e aplicar mais disciplina se for necessário.
0
amor faz a pergunta essencial: “A correção que estou prestes a aplicar visa o
benefício de meu filho (ou de toda a família)?. Essa é a realidade que deve ser
comunicada à criança em nossos esforços de corrigir. “Amo você. Amo você demais.
”
-
A correção criativa também deve tentar explicar. Normalmente, discursos não
corrigem comportamentos. Em vez disso, afastam a criança.
IMPORTANTE: na
correção criativa, não devemos trazer erros do passado à discussão. Fazer um
desfile diante da criança de todos os erros que ela cometeu no passado antes de
corrigi-la por seu erro atual é comunicar que ela é um fracasso. Quantas vezes
Edison falhou até conseguir inventar a lâmpada elétrica? Ninguém chama Edison
de fracassado embora suas falhas sejam muito mais numerosas do que seus
sucessos. Seu filho pode ser um seguidor de Edison. Não o desanime
mostrando-lhe todos os erros que já cometeu.
-
Incentivar uma nova tentativa é muito mais produtivo do que dizer: “Bem você falhou de novo. Porque não
desiste?”, ou: “Deixe que eu faço
por você”.
A filosofia “deixe que eu faço
para você” de criação de filhos produz crianças temerosas, passivas e improdutivas.
Quando os pais “assumem”, abafam a
iniciativa da criança de aprender.
AFIRMAÇÃO CRIATIVA
A
afirmação verbal de nossos filhos difere das palavras de encorajamento no
aspecto de que as palavras de encorajamento estão ligadas às ações da criança,
enquanto que afirmação é elogiar a criança em si. “Amo você. Você é
maravilhoso. Gosto do seu cabelo. Seus olhos são lindos. Você é muito esperto.
Você é alto e bonito. Você é forte” são todas palavras de afirmação
relacionadas a quem a criança é. Em famílias saudáveis os pais buscam
desenvolver a autoestima sadia ao destacar os atributos positivos da
personalidade, do corpo ou da mente da criança. Afirmar é salientar o positivo.
-
As crianças de hoje comparam a si mesmas com os modelos atléticos e fotogênicos
da televisão. Em comparação com esses padrões perfeitos, praticamente todas se
veem em um padrão inferior. É tarefa dos pais ajudarem a criança a desenvolver
uma autoestima saudável num mundo que exalta o belo, o perspicaz e o atlético e
que deixa o resto dos cidadãos comuns chafurdados em sentimentos de
inferioridade. Como pais devemos compensar esse desiquilíbrio.
EXEMPLO: de
todas as coisas que lhe digo, o que você mais gosta de ouvir? – Perguntou uma
mãe ao filho de oito anos de idade.
-
Quando você me diz que sou muito forte – respondeu ele, com um sorriso de
orelha a orelha. Nessa breve conversa a mãe aprendeu o poder das palavras de
afirmação.
“Pais
que ensinam com criatividade procurarão afirmar o valor de seus filhos por meio
de afirmação verbal”.
Pr. Willian Senhorinho
Obs: extraído do livro, A FAMÍLIA QUE VOCÊ SEMPRE QUIS - autor Gary Chapman
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