“Melhor é o fim das coisas do
que o princípio delas; melhor é o paciente de espírito do que o altivo de
espírito. ”
Texto
Base: Eclesiastes 7:8
Palavras chave: Fim, Rompimento, Superação
Objetivo: Mostrar o caminho para superar problemas existenciais
Introdução (Exórdio): Tudo na vida chega ao fim, lidar com o fim de um relacionamento, de uma amizade ou a perda de um ente querido não é fácil. Pode acontecer que percamos nossos empregos alguns a contragosto terão de enfrentar um divórcio. Quer aceitemos ou não na vida teremos de lidar com o fato que algumas coisas chegarão ao fim inclusive a vida como comumente conhecemos. Porém sabemos que segundo o texto de Eclesiastes 7:8, na vida o fim tem o propósito de coroar nossos esforços exemplos quando terminamos uma faculdade um trabalho bem-sucedido e até mesmo quando partimos no senhor rumo a glória eterna. Todavia algumas vezes temos que lidar com o “ fim das coisas...” de maneira não tão agradável que poderão gerar rompimentos e conflitos existenciais. Levando em conta que o importante é como terminamos e não como começamos (Mt. 24.13).
1) Desenvolvimento: A dor de um rompimento gera a sensação de luto: Toda perda gera sensações nada agradáveis segundo a psicologia o luto perpassa por cinco fases que são sentimentos e emoções que temos de enfrentar em meio a uma eminente separação seja ela física ou emocional: Negação, Raiva, Barganha, Depressão e Aceitação[1]. Que podem ser considerados mecanismos de defesa para lidarmos com momentos difíceis.
Fase a) Negação
Seria uma defesa psíquica que faz com que o indivíduo acaba negando o problema, tenta encontrar algum jeito de não entrar em contato com a realidade seja da morte de um ente querido ou da perda de emprego. É comum a pessoa também não querer falar sobre o assunto.
Fase b) Raiva
Nessa fase o indivíduo se revolta com o mundo, se sente injustiçada e não se conforma por estar passando por isso.
Fase c) Barganha
Essa é fase que o indivíduo começa a negociar, começando com si mesmo, acaba querendo dizer que será uma pessoa melhor se sair daquela situação, faz promessas a Deus. É como o discurso “Vou ser uma pessoa melhor, serei mais gentil e simpático com as pessoas, irei ter uma vida saudável. ”
Fase d) Depressão
Já nessa fase a pessoa se retira para seu mundo interno, se isolando, melancólica e se sentindo impotente diante da situação.
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Fase
e) Aceitação
É o estágio em que o indivíduo não tem
desespero e consegue enxergar a realidade como realmente é, ficando pronto para
enfrentar a perda ou a morte.
Entendendo:
É importante esclarecer que não existe uma
sequência dos estágios de luto, mas é comum que as pessoas que passam por esse
processo apresentem pelo menos dois desses estágios. E não necessariamente as
pessoas conseguem passar por esse processo completo algumas ficam estagnadas em
uma das fases citadas. Para vencermos todas essas fases precisamos entender que
tudo que enfrentamos é uma oportunidade para amadurecermos pois temos um alvo
(Fl 3.13) e a maturidade nos levará ao alcança-lo (Pv 4.18) (Ef 4.12,13), pois
trilhamos a vereda dos justos em Cristo que é o caminho a verdade e a vida (Jo
14.6). Ou seja, precisamos ser bem resolvidos pois enfrentaremos problemas ao
longo da vida e enfrentaremos aflições, porém Jesus habita em nós e Ele venceu
(Jo 16.33).
2) Pontos de Contato: O que as perdas geram?
a)
Perdas geram crescimento:
Saul perde as jumentas e ganha
o Reino (1 Sm 9.3;18-20), as vezes perdemos algo que é aparentemente bom para
obtermos algo melhor, o “bom” pode ser “impedimento” para o melhor, pois as
vezes nos acomodamos e as perdas nós impele a ter de tomar uma atitude para
mudarmos de vida.
b)
Perdas geram livramento: Na
oração modelo de Jesus enfatiza, “ Livra –nos do mal...” (Mt 6.13), talvez
tenhamos orado assim sem perceber que o que perdemos na verdade foi um
livramento, que der repente um rompimento foi uma oportunidade de sermos livres
e enxergarmos outras perspectivas. Está no ventre é uma benção, mas se passar o
tempo oportuno para o parto o ventre pode ser tornar um ambiente de morte e uma
criança nasce chorando pois não quer sair, não sabe o que espera, porém, ao
sair de lá se abre uma gama de possibilidades, a vida quando encarada a luz da
realidade que muitas vezes doí, porém em Cristo podemos vencer.
c)
Perdas geram Confiança em Deus: Em momentos de rompimento e perdas, a sensação de vazio e
inadequação vem sobre nós, perdemos a autoconfiança e a confiança nos outros
até mesmo a fé (Hb11.6), que nos conduz a Deus e que nos da condição de
agrada-lo. Porém são situações que possibilitam novas oportunidades de
aumentarmos nossa confiança, lembremos de Jó que perdeu tudo materialmente falando,
porém, sua confiança em Deus aumentou mesmo em meio as lutas (Jó 19.26) ele ver
a Deus era seu foco, pois se buscamos a Deus e sua Justiça todas as demais
coisas são acrescentadas (Mt 6.33). Pois perdendo rompendo, nos esvaziamos de
nossa capacidade e somos capturados pela graça de Deus e ficamos em sua
dependência e quando nos deleitamos no Senhor ele concede o desejo de nosso
coração (Sl 37.4,5).
d)
Perdas geram Espiritualidade: Uma das sensações mais tensas que podemos obter é a de
fraqueza especialmente a espiritual, a de limitação e a de frustração que
normalmente os rompimentos e perdas geram. Todo relacionamento deve nos
conduzir a uma espiritualidade sadia, talvez uma perda seja um passo importante
para que possamos alcançar esse patamar. Quando Uzias morre (Is 6.1) Isaias
teve de buscar a Deus e se converte, saindo do convertimento para uma nova fase
em sua vida espiritual e ministerial. O levando ao autoconhecimento pois ele
confessa seus pecados e erros (Is 6.5) que impediam a plenitude do agir de Deus
em sua vida pois os pensamentos de Deus são mais altos que os nossos e de paz
(Jr 29.11). Lembrando que devemos amar a Deus acima de todas as coisas (Lc
10.27).
3)
Superando o Rompimento: “Todas
as coisas cooperam para o bem...” (Rm 8.28).
Quem sabe mesmo ao ver toda essa exposição ainda lhe passa a seguinte pergunta:
“ Mas como superar tudo isso, quais passo devo tomar? ”
1º Passo: Faça uma avaliação racional- Um término, uma perda não significa fracasso. Devemos dizer que fracasso
são apenas resultados e que todo resultado no fim poderá ser positivo. De
repente tudo é muito novo, mas enquanto há vida há esperança, encarra a
realidade e começar de novo é uma oportunidade única para aprendermos sobre nós,
sobre Deus e sobre as pessoas, também desenvolvermos e amadurecermos. Não
procure culpados apenas reconstrua dia após dia sua vida (Mt 6.34), pois há um
tempo para tudo (Ec 3.1-5).
2º Passo: Siga em
Frente – Por
conta de decepções as vezes ficamos estagnados, lembrando que o medo pode nos
parar se transformando em pavor, porém a Bíblia orienta que o amor lança fora
todo medo (1 Jo 4.18), quem conheceu o amor perfeito e verdadeiro, não vive em
temor quem vive traumatizado não viveu o amor mas uma ilusão que só lhe causou
danos , por não estar muito resolvido(a) ou maduro(a) sobre o assunto .Por isso
que Devemos amar a Deus acima de tudo pois Ele nos dá segurança ,direção e é o
suficiente para que nos sintamos amados em Jesus Cristo por intermédio do
Espírito Santo que nos leva a seguir em frente.
3º Passo: Autoestima
– Precisamos
entender que sem amor próprio não há amor ao próximo, muitas pessoas tem uma
imagem distorcida de si mesmo, porém somos imagem e semelhança de Deus (Gn
1.26) e devemos entender que essa imagem está em nós e tem valor custou preço
de sangue preciso, sangue inocente o sangue de Jesus. Que nos dá vida em abundancia,
se estamos mal conosco com toda certeza não estaremos bem com as pessoas a
nossa volta, mas para estarmos bem precisamos estar em comunhão com Deus. Não
devemos seguir nosso coração (Jr 17.9). Não
podemos basear nossa autoestima no que o nosso coração pensa ser o melhor.
Precisamos nos pautar no que Deus diz ser o melhor. Não podemos viver de
comparações pois ninguém é perfeito todos pecamos (Rm 3.23), perfeição somente
no amor de Deus. Também não viva na dependência de circunstâncias e de pessoas
, por conta de seu temperamento ,características ou identificação , Flaubert[2],
pródigo em seu realismo de mestre, em histórias que mostram como as circunstâncias
exteriores são capazes de frustrar os sonhos, e que escancaram o fracasso de
homens que, frequentemente donos de temperamentos românticos, têm a mania de
buscar o inacessível, também concluiu: diante desse cenário obscuro, da
costumeira austeridade do real, o melhor seria “o desprezo pelas tentações do mundo e o refúgio na Arte”. Aqui
podemos fazer uma releitura dizendo que o melhor refúgio é o esconderijo do
altíssimo, onde há paz e descanso na sombra do Onipotente (Sl 91.1)
Conclusão:
Podemos avaliar com clareza que a vida é
uma vida de desejos e de conflitos, sempre desejamos, e geralmente o desejar,
conflitos pois quando possuímos nem sempre nossas expectativas são
correspondidas fator que sempre deixa um vazio que muitas pessoas tentam
preencher com futilidades, relacionamentos superficiais e afastamento de Deus.
Porém a proposta é que comecemos uma nova vida em Cristo e que venhamos ir até
o fim, pois no final veremos nossa vitória plenamente o importante é não
desistir, avaliar se é o melhor momento para tomar atitudes que venham envolver
outras pessoas em nossa vida. Precisamos ser determinamos nos esforçarmos
sermos contentes com o que temos e não apartar a palavra de nossa vida para que
sejamos prósperos (Js 1.8,9). Não podemos viver nos comparando a outros (as),
viver por manuais de autoajuda (Sl 1.1), pois cada pessoa tem sua
particularidade somos únicos aos olhos de Deus, Ele nos sonda e nos conhece
(Sl129.3), porém também precisamos nos dar a conhecer, sem mascaras sem
emulações, sem utilitarismo, pois Jesus é a própria verdade que habita em nós
quando estamos disponíveis para isso.
Pastor Wisnael de Souza
Igreja Metodista - Além Paraíba, MG
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