Outro dia destes, estive conversando com
uma pessoa e a ouvi bastante. Ele reclamou o quanto estava decepcionado com o
casamento; que por sua vez, já não era o primeiro; mas o segundo. Ele fez
diversos tipos de reclamação, como: minha esposa não se preocupa com os
afazeres diários de toda mulher, faz a comida de qualquer jeito, deixa a casa
desarrumada, não me da atenção nem aos fins de semana, esta sempre na casa das
amigas, não atende minhas necessidades sexuais e etc. De início pensei: poxa
vida; esta pessoa não consegue ter sorte no casamento. Mas com isso comecei a pensar: por que muitas pessoas vivem desta
maneira? Por que alguns casais vivem mal na relação conjugal? Por que muitos
não se sentem realizados com a vida conjugal?
Quando vemos a história do
estabelecimento da família feita por Deus; Ele disse: não é bom que o homem fique
só; far-lhe-ei uma adjutora que seja idônea. Nisto entendemos
que Homem e mulher foram criados para se completarem; que a faze de vida adulta
torna-se melhor quando encontramos uma pessoa para nos completar; pois este foi
o propósito de Deus ao estabelecer a família.
Ao falar de casamento
precisamos entender que:
-
o casamento é indissolúvel. (Mc 10:09) dinâmica das duas folhas de papel
-
Deus precisa estar presente na família. (Salmo 127)
-
Deus sendo o arquiteto da família; deixou o projeto pela qual a família tem que
ser edificada, a Bíblia Sagrada. Se este projeto não for seguido à risca; pode desmoronar
de repente ou ficar em condições de risco (rachaduras, torturas–sinal de perigo).
-
duas coisas que também são importantes no casamento: amor e compromisso. (compromisso com a aliança feita diante
de Deus e dos homens, com a pessoa amada).
Justificativas que
algumas pessoas fazem, querendo explicar o porquê do pensar no divórcio, ou até
mesmo divorciar-se:
-
casei-me com a pessoa errada!
-
ele(a) mudou!
-
fui precipitado!
OBS:
Preocupado com um número (que não é pequeno) de pessoas que estão vivendo nesta
situação, um tanto difícil, é que comecei a meditar como isto pode ocorrer.
Portanto vamos analisar a seguir alguns tipos de comportamentos que podem
atrapalhar e prejudicar nossa vivência familiar:
I – INTERFERÊNCIA FAMILIAR
Portanto
deixará o homem pai e mãe e unir-se-á a mulher; e serão ambos uma só carne.
II – MENTIRA.
1.
Mesmo aquelas que começam pequenas:
–
‘Ah, é uma mentirinha a toa, só para não ficar aborrecido...’
2.
Cuidado com as mentiras. Elas sempre vêm do diabo, tenham o tamanho que
tiverem.
3.
A mentira, além disso, desemboca fatalmente na desconfiança, e o cônjuge que
descobre que a outra parte mente torna-se um eterno desconfiado.
III – CIÚMES.
1.
Este sentimento, quando exacerbado, levado ao exagero, mina qualquer
relacionamento, destrói o amor.
2.
Que não se confunda ciúme com zelo. O zelo comedido, espontâneo, aquele cuidado
protetor para com a pessoa amada, é natural e necessário.
3.
Contudo, entre essa preocupação necessária e justificável e um temor irracional
– o ciúme caudaloso, doentio – há uma distância enorme.
4.
O ciúme representa falta de confiança profunda, não apenas no outro, mas acima
de tudo, em si próprio.
5.
Se me sinto digno do carinho, do amor de alguém, porque viver sempre temeroso,
sempre duvidando, apreensivo, inquieto?
IV – AMARGURAS.
1.
São aquelas mágoas guardadas, aquelas queixas sem fim, aquelas reclamações que
não acabam nunca.
2.
Provérbios tem muito a dizer sobre isso:
Pr.
21.19 ‘É melhor numa terra seca e deserta do que numa boa casa com uma mulher
briguenta e implicante’.
Pr.
27.15-16 ‘Aquele pinga-pinga constante que acontece quando chove e a mulher
briguenta e implicante são muito parecidos’.
Pr.
25.24 ‘É melhor morar sozinho num quarto de pensão, do que numa bela casa com uma
mulher briguenta e implicante’.
Pr.
19.13 ‘Um filho rebelde e tolo é a maior tristeza de um pai; para um marido, a
esposa que vive discutindo. Isso incomoda como uma torneira pingando o dia
inteiro’.
3.
Parece que Salomão teve experiência suficiente nessa área.
4.
Precisamos tomar cuidado com esse pinga-pinga, esse gotejar contínuo, com os
amargos murmurinhos que destroem o relacionamento conjugal.
V – FALTA DE TEMPO.
1.
Refiro-me àquele tempo fundamental, imprescindível que os cônjuges devem
dedicar um ao outro.
2.
O comum tem sido o seguinte:
-
Maridos ativistas, consumistas.
-
Mulheres superocupadas.
–
Os recém-casados trabalhando o dia inteiro ou estudando a noite, encontrando-se
às tantas para um boa-noite rápido antes de dormir, um bom dia na hora de
acordar, com mil coisas atrasadas para fazer no fim de semana.
3.
Cuidado! Casais que não gastam tempo juntos são casais que vão se
superficializando, se esfriando, se afastando.
VI – PERDA DO ESPÍRITO ROMÂNTICO. - Carências afetivas - Falta de romantismo,
carinho, atenção, cuidado com o outro -
Falta constante de demonstração de amor - Falta de desejo, atração
1.
Ilustração: Naqueles tempos de namoro, naquela noite de luar, a moça comentava:
‘Como a noite está linda, a lua brilhante! Olhe meu bem, ela se escondeu atrás
daquela nuvem...’ E o namorado diz: ‘Minha querida, mais que a lua brilham os
teus olhos, as tuas faces... Tu a encantas, tu a encandeces! Vê como ela foge
diante de tua beleza...’ Aí se casaram. Depois de alguns anos, andando pela rua
ela pensa: ‘Faz um ano que ele não me diz nada’. Lua cheia, e ela arrisca:
‘Querido, olhe como a lua está linda!’ E ele reponde: ‘É mesmo’. E ela:
‘Querido, ela se escondeu atrás daquela nuvem... porque será?’ E ele,
insensível
e duro responde: ‘Sua burra, não está vendo que vai chover?’.
2.
É lamentável que o espírito romântico dos primeiros tempos tenha que ceder
lugar à frieza, à indiferença, à falta de sensibilidade e de imaginação.
3.
Zelem por esse espírito. Cuidado para não perderem o espírito romântico com o
cônjuge.
VII – INDEPENDÊNCIA DE MAIS OU DE MENOS. - Desinteresse pelo que o
outro diz, faz ou sente.
1.
Um espírito autônomo, independente pode ser muito benéfico na vida do casal e
da família.
2.
O que não pode haver é exagero.
–
Há pessoas superindependentes, que vão derrubando tudo que encontram pelo
caminho, desinteressadas dos outros, envolvidas apenas em alcançar suas metas e
objetivos. Os outros que se virem.
–
Numa família isso não é inadmissível. Sem diálogos, troca de idéias,
discussões, é impossível a convivência.
3.
Por outro lado, cair no excesso de dependência é um erro terrível.
4.
O melhor é ter independência com equilíbrio, pois vai chegar a hora de viver
sem o outro. Vai chegar a hora de carregar seu próprio fardo. Vai chegar a hora
de decidir sobre seu destino e inclinações. Ninguém é eterno.
5.
Entre marido e mulher o ideal é a medida certa de autonomia e dependência.
Somente pelo conhecimento
mútuo,
respeito e amor é que a medida justa desse equilíbrio será alcançada.
VIII – HÁBITO DE DISCUTIR. - Brigas crônicas (repetitiva e sem gerar
mudança)
1.
É terrível quando o casal adquire o hábito da discussão.
2.
Discutir, queixar-se, reclamar, mumurinhar, é como gripe – atrastra-se pela
vida do casal.
3.
É como praga, como um vício. Como um vício que vai dominando sorrateiramente.
4.
No começo as pessoas envolvidas estranham, tentam reagir, se incomodam. Daí a
pouco estão respondendo irritadamente, revidando, mando de volta a ofensa.
5.
Diz-se que ‘quando um não quer, dois não brigam’. Isso tem muito de verdade. É
importante saber evitar confrontos desnecessários. É necessário fugir se, e
quando necessário. Nem sempre escapar sorrateiramente significa acovardar-se;
muitas vezes é sintoma de tato, prudência, sabedoria.
IX – FALTA DE PERDÃO.
1.
É sugestivo que no capítulo 18 de Mateus, o Senhor Jesus trate do assunto do
perdão, e logo a seguir venha o ensino sobre o divórcio.
2.
Na verdade, Mateus pode até não ter percebido da estratégica arrumação que faz
dos temas: perdão e divórcio, mas o Espírito Santo sabiamente o conduziu.
3.
Mas de fato, é isso mesmo que acontece: quem não aprende cedo a lição sobre
perdão vai acabar tendo que enfrentar a questão do divórcio no casamento.
4.
Sem perdão relação nenhuma sobrevive.
CONCLUSÃO:
Que
o Senhor nos ajude a observá-los e combatê-los para a preservação da
durabilidade e da qualidade de nossos relacionamentos. Esses são alguns
inimigos do casamento. De todo e qualquer casamento. Não respeitá-los é
tornar-se vulnerável.
Diante
dessa lista, é possível fazer muitas coisas. Primeiro é preciso identificar as
possíveis causas que estão corroendo seu relacionamento. Para isso você poderá
responder as seguintes perguntas:
-
Se há brigas, quais são os motivos? São sempre os mesmos?
-
Se não há brigas, mas há o silêncio, a indiferença, o que pode estar por trás
disso?
-
Como você tem alimentado sua relação?
-
O que você têm feito para a construção da relação?
-
Você conversa com seu companheiro sobre seus sentimentos?
-
Seu companheiro se interessa pelo que você faz, e principalmente pelo que você
sente?
-
Você se interessa pelo que ele faz e pelo que ele sente?
-
Seus sentimentos são respeitados e considerados importantes por ele? E você,
respeita os sentimentos dele?
-
O que você sente quando está ao lado dele? E quando está longe?
-
Pense em como você gostaria que fosse sua relação afetiva. Agora compare como
está atualmente. Há muita diferença entre o que gostaria e está hoje?
Responda
essas perguntas com toda sinceridade e depois reflita sobre as respostas. Pode
ser que elas te ajudem a identificar as causas dos desentendimentos e de sua
tristeza.
Com
tudo isso claro em sua mente, procure seu companheiro para uma conversa franca
e redefinam pontos importantes, onde os dois possam ouvir e perceber as
necessidades do outro, tanto como as suas próprias. É preciso investir sempre,
fazendo algo que surpreenda e deixe o outro feliz e isso só você mesmo poderá
saber por onde começar!
Lembre-se:
"Há três possibilidades de mudança na relação: o eu, o outro, a relação. A
única que depende exclusivamente de você é o eu! O outro depende dele. E a
relação dos dois."
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