Essa
pergunta traduz bem o efeito que a vida moderna está causando às crianças e a
sociedade. Filhos deixados em segundo plano desde os primeiros meses de vida,
para que mães possam sair em busca de sustento, de posições na sociedade, ou em
nosso contexto cristão de posição na igreja. É este triste modelo de vida que
os tempos modernos tem obrigado as mulheres a adotar.
Parece
ter se instalado um preconceito geral pela maternidade, até mesmo por parte das
mulheres. Todos querem saber qual o seu cargo, sua função, sua profissão, como
se a maternidade não tivesse o mesmo valor, ou melhor, muito mais valor que
qualquer posição na sociedade ou na igreja.
Além
da cobrança financeira que tem se colocado sobre a mulher, há uma cobrança para
que ela ocupe cargos, se destaque, dispute o lugar que originalmente era
masculino, enfim que entre num “ativismo sem fim”, e não se dê ao luxo de
parar, nem que para isso seja preciso sacrificar seus filhos. Afinal, usam o
argumento de que “é tudo para garantir o futuro deles”... o que cada vez mais
está sendo provado que não garante!
Em
se tratando da questão financeira, qual o plano original de Deus para o
sustento do lar? De quem é o papel de provedor, do homem ou da mulher?
“Pois
comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.
A
tua mulher será como a videira frutífera, no interior da tua casa;” (SL 128)
Foi
dado ''oficialmente" ao homem essa obrigação, e esse encargo. Que a mulher
não deixe de ser mulher virtuosa, (Pv 31) aquela nunca abandona ou desampara
sua casa, seus filhos e marido.
Melhor
ainda é crer em Deus como provedor supremo. Mais do que esperar do companheiro,
é esperar em Deus e descansar nEle. Costumo dizer, que se estamos trabalhando
para Deus, naquilo que Ele nos chamou, Ele com prazer sustenta nosso
ministério, como tem feito comigo.
Me
chama muito a atenção, que psicólogos do mundo todo tem falado dos efeitos que
a ausência das mães no lar tem causado nas novas gerações. A sociedade tem
colhido e sofrido com esses frutos: jovens moral-espiritual e psicologicamente
corrompidos.
A
sociedade está sendo formada por jovens que cresceram sendo “órfãos de pais
vivos “.
Achei
esse artigo “A mulher e o trabalho” da psicóloga Maria Regina Canhos Vicentin,
que exemplifica um pouco do que o próprio meio secular tem diagnosticado.
Trecho:
“O mundo já está colhendo as conseqüências da ausência materna no lar. Crianças
e adolescentes egocêntricos, individualistas, frios, insatisfeitos e cruéis. De
onde vem isso? Da falta de atenção, oras. Da falta de disciplina e limites
antigamente impostos à exaustão pelas mães de plantão. Hoje em dia, a
empregada, a babá, a creche, a escolinha, são muito mais mães que qualquer
mulher que tenha parido. Só que é completamente diferente do calor e carinho
que a mãe pode oferecer. É certo que o contato com outras crianças favorece a
socialização, incentiva as trocas afetivas e a criação de vínculos de
confiança, entretanto, se nada disso se experimenta em casa fica muito mais
difícil e complicado, quiçá impossível”...”Se por um lado a ausência materna do
lar predispõe os filhos a uma maior independência, por outro sinaliza um real
abandono que lhes trará implicações pela vida toda e que não poderão ser
supridas por desculpas ou presentes”... “Pena que a mulher tenha de trabalhar
tanto e deixar seus filhos aos cuidados do mundo, que até hoje nunca aprendeu a
educar alguém.”
Diante
disso, me vem Romanos 8.19, “a criação geme pela manifestação dos filhos de
Deus”
O
mundo não precisa só de profissionais, mas de filhos e filhas cumprindo seu
papel para o Reino de Deus. Precisa de mães que realmente sejam mães! O Reino
de Deus não será conquistado apenas pelo trabalho de pregadores, ou adoradores,
ou seja aqueles que estão na linha de frente, mas é essencial também o trabalho
daqueles que ficam nos bastidores, nesse caso, as “ilustres desconhecidas”
mães!
Já
dizia Lutero:
"O
maior erro que se pode cometer na cristandade é não zelar corretamente pelas
crianças. Pois se queremos que a cristandade tenha um futuro, então precisamos
preocupar-nos com as crianças, como era feito antigamente."
As
consequencias de filhos que crescem ao acaso estão aí para todos ver, quando
tudo isso poderia ser evitado com a presença materna nos primeiros anos de
vida.
Ser
mãe em tempo integral não é o "monstro" que muitos pensam. É um tempo
onde nos doamos à família , aos filhos e principalmente à Deus.
Nesse
tempo (que aliás passa muito rápido!), deixamos um pouco de lado os nossos
sonhos e interesse, para cuidar um pouquinho dos sonhos e interesses de Deus.
Ora a chegada de uma criança ao mundo só é possível porque Deus à planejou, à
sonhou, e escolheu pais para ela nesse mundo. O mínimo que podemos fazer é
zelar com o devido respeito e atenção à esse tesouro, esse projeto humano
sonhado por Deus.
Mas
qual a solução para a sociedade que sofre com a ausência das mães atualmente?
A
nível geral não sei... mas creio que cada família deve orar a Deus e buscar a
sua solução.
A
minha tem sido, colocar a maternidade diante de Deus como um Ministério em
tempo integral. Ter a fé firme de que nos primeiros anos, onde é essencial
minha presença no lar, Deus é o provedor desse ministério.
Nada
tem nos faltado!!!
Deus
nos abençoe e vamos refletir!
Fonte: http://filhosnocaminhocerto.blogspot.com.br